As Luzes que Cegam no Fim do Túnel

De repente as coisas

Começam a correr rápido demais...

E você sente-se

Perdendo o foco da direção...

      E, potência sem controle
É uma bomba atômica!

A sua vida sendo guiada

Por terceiros, por estranhos...

Alheios ao seu mundo...

Coração ferido...

Por opção, perdido.

Uma vida desregrada...

Talvez, desleixada...

Omissa, desinteressada...

A Maçã de Eva

Quando você percebe

Que o mundo já não é

Um paraíso tão perfeito assim...

Quando você se torna crítico.

Quando você começa a enxergar.

Quando tira os óculos escuros,

Ou a venda dos olhos...

Quando você morde a maçã.

Eis a verdade, a dura verdade...

É o fim do paraíso

É a libertação

É a revelação do mundo real

Tão falho, mesquinho e egoísta...

Tão desinteressado no amor ao próximo

Na doação, na solidariedade.

Quem tem mais, tem o poder.

Quem tem mais, é importante.

É rei, é soberano...

Com o tempo

As pessoas vão ficando cegas

Tornam-se omissas

Ou acostumadas com

Essa triste paisagem destruída

E se alguém tenta lhe abrir os olhos

É imediatamente crucificado...

Silêncio! Gênios Pensando...

Uma mente inquieta

Borbulhando

Pensamentos pensando pensamentos

Conflitos internos

Neurônios que acendem

Luzes da revelação

Estado de euforia

Novas descobertas

Sinas, cismas, sistemas...

Verdades escondidas

Brotam do chão

Como água em vertente

A pedra do Gênesis

A verdade absoluta

Agora em xeque

Nunca esteve em tamanha transmutação

Metamorfose dos sentidos

E aperfeiçoamento

Seres únicos

Inexatos, insensatos

Camuflados em meio a sociedade

Buscando e lutando

Por paz interior...