Seja Bem-Vindo ao Meu Mundo
Aqui você poderá ver o seu, por um angulo diferente...
Entender melhor a vida e as pessoas, e tudo o que as cerca...
Entre, fique a vontade.
Mas, tome cuidado!
Os textos podem dizer muito mais sobre você,
do que propriamente sobre o autor. ;)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Sobre Você

Você me disse
Que tem sentido-se muito só.
Que ninguém tem lhe preenchido.
Que o sexo casual
Não tem sido satisfatório.
Tem feito você sentir-se
Uma pessoa vazia, vadia e fria.
Você me disse que todos os dias
A solidão bate em você,
Na entrada e na saída.
Diz que não tem
Mais feito sentido sua vida.
Você me disse
“Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez”.
Tenho quase certeza
De já ter ouvido isso em alguma música.
Mas, você jura que a frase é sua,
E que se houve plágio, foi de quem musicou.
Você tem um jeito engraçado,
E todo especial de ser.
E você sempre tem tanto pra dizer.
Tanto pra ensinar.
Vive a filosofar.
A profundidade de seus papos e pensamentos
Me surpreendem sempre.
É sempre bom estar com você.
E você sempre tem tanto a me dizer... 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Sobre o Jogo


Você faz suas jogadas,
Eu faço as minhas.
Eu tento prever as suas.
Você antecipa as minhas.
E se tudo estiver entre os planos?
Se isso fizer parte da minha estratégia?
Você achar que está me ganhando,
Finjo deixar você a frente
Pra se distrair,
E eu te ganhar.
Peças do xadrez sobre o tabuleiro.
Você rainha, eu peão.
O improvável, pode acontecer?
Submerso na batalha naval.
Um torpedo pode te derrotar?
Jogo de damas, dominó.
Jogo de cartas na manga.
Os dados rolando.
Jogo de cartas marcadas.
Saída livre da prisão.
Você caiu na armadilha.
Perdeu a rodada.
Um passo a frente.
Um passo em falso.
Volte duas casas.
Um sopro no castelo de cartas.
Um dia você aprende a jogar.
Pra aprender a ganhar,
Você precisa saber perder.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A Fortaleza

Nossos mecanismos de defesa estão ativados.
Murros levantados.
Portões fechados.
Armadilhas acionadas.
Atiradores apostos.
Cães de guarda.
Só esperando o alarme de segurança disparar,
Pra dizer que estão tentando invadir nossa fortaleza.
O que será que querem?
Porque querem entrar aqui?
O que nós temos que possam lhes interessar?
Não parece ser, ouro ou prata...
Não há ninguém para libertar.
O que querem? Queria saber...
Talvez o que queiram, não posso dar.
Pois, tudo que tenho é meu coração.
E meu coração ninguém pode ter.
Se meu coração é o que vieram roubar,
Antes terão de me matar.
Mas, matar você não quer.
De que vale um coração
Que não pode bater?
No rojar das correntes no chão
Ouço que a fortaleza foi invadida
Logo descubro qual seu querer.
Não é Matar, e sim prender.
Quando devia libertar...

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Os Olhos que Observam


- As árvores estão
correndo rápido demais esta manhã!
- Sim! As nuvens também.
-Enquanto os pássaros parecem
Ter sido hasteados.
O vento apenas balança
Suas flâmulas penas.
- As árvores devem estar
Com pressa.
Devem ter alguma convenção
Naquela direção.
Só vejo vultos.
- Enquanto elas correm,
A gente só pode observar.
- Aqui fomos plantados.
Aqui nascemos, brotamos, crescemos.
Nossos olhos só podem ver
Através dos vidros.
- Nascemos dentro dessas caixas de metal,
Com janelas fechadas.
Nesse solo preto e escuro
Que os mais antigos
Chamam de asfalto.
- Parece mais um tapete preto
Com listras amarelas e brancas.
- Essas caixas de onde observamos tudo
Chamam de carro, acho que é isso.
- Não vejo muito sentido nessa vida.

- Nem eu.

domingo, 16 de outubro de 2016

Coisas do Coração XVI - A Experiência

No laboratório
Copos de Becker’s,
Tubos de ensaio.
Destilei amor e paixão.
Separei para ver
Tudo mais que havia.
Centrifuguei.
Anotei dados.
Desenhei gráficos.
Fiz tabelas de comparação.
Num estado inerte,
Satisfação e exaustão
Não se alteraram
Na balança de precisão...
O que dizer então?
- Bota pra ferver!
Alguém falou.
- Veja o estado de ebulição!
Cada qual a seu modo,
Sob a mesma pressão.
- Vamos a mais testes...
Qual irá evaporar primeiro?
O que irá sobrar depois,
Ao final, afinal?
Do que eles são feitos?
Qual tem maior densidade?
Qual será mais solúvel?
Qual será a solução?
E, se misturados, causariam explosão?
Tem lugar pr’os dois
Dentro de um coração?
Ou não?

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Pensamentos Soltos


Ela estava sozinha naquele dia.
Pensando na vida.
No que queria.
Metas e planos...
Objetivos e sonhos...

Pensava sobre aquele garoto
Do qual gostava.
Ele estava em seus planos e sonhos.
Tinha o objetivo
De investir naquela relação.
Será que daria certo?
Será que isso era recíproco?
Seriam esses os pensamentos dele também?

Ela trabalhava, estudava,
Traçava sua vida...
Tinha bons e divertidos amigos.
Pessoas com quem gostava
De trocar ideias,
E pessoas boas para ir a festas.
Positivas e alegres,
Contagiavam tudo ao redor.

Assim levava sua vida.
Ela só queria ser feliz.
E acho que é o que todo mundo quer.

sábado, 3 de setembro de 2016

Um Estranho no Paraíso V

Quando a vi,
O tempo parou.
Então parei.
Meu coração deu um salto.
Aquele friozinho na barriga.
Respiração descontrolada.
Ela irradiava de tanta beleza.
Tinha doçura no olhar.
Calma na alma.
Pureza no sorriso.
A maneira como se movia,
me hipnotizava.
Meus olhos a seguiam
por onde fosse.
Sabe aquela sensação
de tudo ficar em câmera lenta?
De os segundos ficarem longos?
De você assistir a cada movimento,
Cada passo,
Cada balançar dos cabelos?
Ela sorria lindamente...
Não me pergunte o que aconteceu depois.
Eu me perdi.
Ainda estou parado,
Preso a aquele momento.
Mesmo que hoje seja
Apenas uma lembrança.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Aprisinados

A natureza tão linda lá fora
E você aí preso,
A uma vida regrada
A fazer tudo sempre igual.
Vivemos em um cativeiro
Construído por nossas próprias escolhas.
Estaremos condenados
A viver assim pra sempre,
Enjaulados?
A solidão entre os arranha-céus,
Entre as pilhas de papéis,
Engarrafados no trânsito,
Amarrados
Dentro de caixas de metal sobre rodas,
Dando adeus nos aeroportos...
Vivemos aprisionados a um sistema,
A regras e rotinas.
E nem percebemos,
O quanto nos tornamos dependentes disso.
Se alguém nos desligar dessa tomada,
Se alguém abrir a porta da cela,
Se alguém derrubar essas grades,
Nem saberemos pra onde ir,
Pra onde andar,
O que fazer.
Nossa liberdade é baseada
No direito de fazer
Tudo o que as leis permitem.

Rompi os laços.
Quebrei as grades.
Rasguei as regras.
Dei um impulso,
Sem ter certeza
De ainda saber voar.
E não olhei para trás.
Mas, e você?
O que fará agora?

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Encontros e Desencontros

O que eu posso fazer
Pra chamar sua atenção?
Qual o segredo, se houver um
Pra ganhar seu coração?

Onde é que eu devo estar
Pra poder encontrar você?
Nossos caminhos hão de se cruzar,
Mais uma vez, você vai ver!

Passei tantas horas aqui, hipnotizado
Pelo seu sorriso, e meu coração a mil.
A bebida derramou quando a taça caiu,
A música não parou, e você não me viu.

A festa tava boa
E você dançava
Linda e loucamente.
Olhar pro teu vestido florido
Deixa meu mundo mais colorido.
Ou seria o poder
Dos meus óculos mágicos
Nesse mundo de sonho e fantasia?
Onde tudo pode virar poesia. 
Já não ligo para o tempo,
Se é noite, ou se é dia,
Não sei se quero que as horas passem
Pra que o momento de te ver
Mais uma vez, se aproxime...
Ou, se quero que parem
Pra que eu possa curtir
Por mais tempo essa gostosa sensação.

Enquanto olho de longe pra você
Penso em qual seria seu nome...
Qual seria a primeira letra?
E como num palpite de sorte
Tudo surge, e se completa.
Minha bússola encontra o norte.
Um trevo de quatro folhas no meu jardim.
O sol nascente para mim.
Com encontros e desencontros
Algumas historias começam assim...

De momento,
É só o que me resta
Um breve relato
Sobre a garota da festa.

domingo, 21 de agosto de 2016

O Fantástico Mundo da Loucura VII

Minha eterna busca é
Por um mundo onde
As pessoas doces
Não precisem ser devoradas
Por quem não sabe
Apreciar seu requintado sabor.

O que a gente ganha ou recebe,
É do nosso merecimento.
O que a gente escolhe
Fazer com isso,
Se vai retribuir, ou
Passar a diante,
É relativo ao nosso nível
De entendimento sobre
As coisas da vida.

“E aqueles que
Foram vistos dançando,
Foram julgados insanos
Por aqueles que não
Podiam escutar a música.”
(Friedrich Nietzsche)

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Amores Imperfeitos XXVIII ( ♫♫ )

Trago mais uma canção, lamento
Sobre um amor ideal
Um sonho banal que não deu certo
E a tristeza sempre anda por perto

Nas indas e vindas do coração
A solidão, às vezes, aperta
E a gente nunca sabe a hora
Que vai encontrar a pessoa certa

E a nossa história escrevemos
Todos os dias
E como diria o senhor Monte Negro
Sempre não é todo dia

Nesta canção eu não vou te salvar
Nem ser um príncipe pra te libertar
Você deitada nua na torre
Eu quero ser é o dragão
Pra te devorar

É tanta história bonita
Que a gente até chora lá no cinema
Os dois se encontraram na ponte
Lá em Paris, trilha sonora francesa

Eu sei que ainda não te carreguei
O nosso anel a gente forjou
Na lua de mel a gente dormiu
Mas, junto a gente acordou

E a nossa história escrevemos
Todos os dias
Confesso, não dava um filme legal
Mas, baby isso é tudo real

Nesta canção eu não vou te salvar
Nem ser um príncipe pra te libertar
Você deitada nua na torre
Eu quero ser é o dragão
Pra te devorar



(A Torre – Terra Celta)

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Sobre as Leis da Vida

Nem tudo na vida
É baseado no que
Você quer,
E sim,
No que está disposto
A fazer a respeito.
Querer, todo mundo quer.
Mas, só tem
Quem luta,
Quem corre atrás,
Quem faz por merecer.
Nada vem de graça.
Tudo é questão de merecimento.
Tudo na vida.
Nenhuma adversidade virá até você
Sem que você tenha
Força e conhecimento
Pra superar e suportar.
Você só vai precisar
Descobrir onde está.
Pode até demorar um pouco,
Mas, você chegará lá.
Você luta pra conseguir o que quer,
E pra conquistar o que precisa.
Essa é a vida.
Doce e cruel, vida...
Nem por isso injusta.
Apenas como deve ser.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Consultório Sentimental

O porque de a maioria
Dos relacionamentos serem
Tão curtos,
É que as pessoas
Não sabem ouvir
Umas as outras.
É o egoismo de querer
Ser o centro da relação.
Esquecendo que a outra pessoa também
Tem opinião, idéias e vontades.
Reciprocidade é o principal ponto,
E deve ser sempre posto em questão.
Todos temos os mesmos direitos.
Todos queremos receber
O mesmo grau de atenção que damos,
O mesmo nível de amor, carinho, respeito...
Temos o dever de cobrar isso,
Mas, também, de fazer a nossa parte.
Tentar entender que somos todos criaturas falhas.
Alguns tem mais facilidade
Pra lidar com certas situações.
Outros apresentam dificuldades
Com tarefas aparentemente simples.
Mas, o ponto a salientar é:
Somos capazes de perceber
Quais qualidades nossas atraem os outros?
E quais “defeitos” afastam?
Será que seríamos capazes de mudar por quem dizemos amar?
O que seríamos capazes de fazer pela pessoa que amamos?

sábado, 6 de agosto de 2016

Em Sintonia II

Sorrisos soltos...
Nós dois, bobos.
Assim começa a história.
O medo do desconhecido.
Brincando, falamos verdades...
Ganho e perco seu coração,
Rápido assim...
Um grito, uma voz...
Inquietos e ávidos.
Estamos bem, apesar dos pesares.
Nossas vidas se confundem,
Indícios do passado.
Ainda há muito por vir...
Rimos e cantamos juntos.
Acho que a gente combina.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Seu Olhar


A doçura de suas palavras
E o brilho do seu olhar
Me traduzem,
Me conduzem
Me induzem...
Me perco
Num piscar de olhos,
Me encontro
Sentindo de perto tua respiração,
E o calor dos teus lábios...
No desejo
De um beijo
Me seduz.
Face a face,
No reflexo
Da tua retina
Vejo meu sorriso.
Encontro a luz.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Quarentena

Quarenta dias e quarenta noites
Abstendo-se de carne,
E alimentando-se de sabedoria.
Em busca de autocontrole e autoconhecimento.
Afastado de tudo.
A procura de sentido e respostas.
Para ressusgir.
Para renascer.

Quarenta chibatadas,
Açoites da solidão.
Gritos de dor e agonia.
Sangue e suor misturam-se.
Marcas que ficarão para sempre.
A pele nua exposta.
Abandono e traição de quem jurou amor.
Socorro sem resposta.

Quarenta anos
Passados no deserto
A procura pela liberdade.
Deixando para trás
Amores, sonhos, saudade...
Querendo alcançar a paz.
A terra prometida, onde fica?
Esse lugar chamado felicidade.
 
Quarenta horas
De sede e medo,
De fome e desepero.
Uma escolha a ser feita.
Uma dor dilacerante,
Para um alívio momentâneo.
Quase morrer,
Para viver.

Quarenta dias de chuva
Inundaram meu coração.
Minhas lágrimas lavaram,
Levaram tudo o que não consegui salvar.
Saí do ar.
Saí de cena.
Pra me libertar, para libertar-te.
Elucidando o verdadeiro amor.